2004-11-16

 

O AMUO DE PORTAS

O senhor Paulo Portas amuou. Está no seu direito.
No seu mundo de fantasia povoado de “sound-bytes” julgou possivel que o partido da coligação ganhasse uma estima instantânea pelo exmo. senhor ministro da defesa (e do mar) e aguardou que o senhor primeiro ministro o relatasse ao mundo. Esperou, evidentemente, sentado.
O que se passou a seguir é já conhecido, foi contado pela SIC e por outros orgãos de comunicação social.
O que é extraordinário é termos o senhor Portas a garantir, na SIC Noticias, que nada do que foi relatado acerca do encontro entre ele próprio e o senhor Gomes de Silva é verdade. Reconhece apenas que se terão encontrado “por coincidência” na casa de um amigo comum na noite de sábado. É assim que esta rapaziada vive, tomando todos os outros por tontos acéfalos a quem uma estupidificante argumentação será o bastante para “negar não negando” dando-lhes a noção de que dominam a arte da política. É, alias, este mesmo hábito que o leva a frases tão lamentáveis como “o orçamento é bom, é bom é, diz o avô e diz o bébé”, ou “quem tem medo compra um cão”, vincadas sempre com um sorriso de auto-satisfação e do aceno deslumbrado dos assessores amestrados. Gostava de dizer a estes senhores que é, justamente, esta ficção que dá mau nome à política e torna insuportaveis estas brincadeiras de meninos deslumbrados com o Poder.
Transformaram o Governo de Portugal num jogo de sombras e de fumo na tradição de “O Independente”.
Custa-me muito ver o meu país “governado” por esta gente!

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