2004-12-05

 

MORALIZAÇÃO

Na sexta-feira foram ouvidos no tribunal de Gondomar, como arguidos num processo rocambolesco de corrupção, vários árbitros, o presidente de um grande clube de futebol e um empresário.
Tivesse sido um político (mesmo que pouco importante) e as televisões estariam em directo a ouvir o “cidadão comum” a espumar ódio, invectivando os políticos como “uma cambada de corruptos”.
Quando entra o futebol, subitamente, temos “paninhos quentes”, aplausos e compreensão.
O processo está no seu início e cabe à justiça, e só a esta, promover o cabal esclarecimento de tudo. Não está em causa, sequer, a inocência de todas as pessoas envolvidas. O que me preocupa é assistir a esta dualidade de critérios.
Os grandes clubes de futebol têm imenso poder. Em muitos deles a equipa dirigente está em funções há anos, em muitos deles a qualidade dos seus dirigentes é muito má, em muitos deles a gestão é, no mínimo, ruinosa. Perante tudo isto, que é muito, as vozes de discordância são poucas, ou nenhumas. Aparentemente o futebol é uma área à parte, tudo é permitido e desculpado.
O “grito de alarme” deve ser dado também no futebol!

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