2004-12-12

 

SURPREENDIDOS?

Assistindo aos desenvolvimentos deste fim-de-semana político torna-se difícil encontrar a melhor expressão para a confirmação de receios vários.
O Governo demitiu-se, criando um “facto” pretensamente dramático, que é patético.
Santana, desmente (em menos de 24 horas) o porta-voz do seu partido. Anula tudo o que tinha dito anteriormente. Assume um confronto directo com o Presidente da República. Pretende que uma ilusão se torne realidade (apenas por que a menciona)
Portas, de braços cruzados olhar no chão, enquadrando o primeiro-ministro durante a sua comunicação ao país, apressa-se e dirige-se à sede do seu partido, uma vez aí, estica o dedo indicador com olhar feroz denunciando os interesses financeiros que terão obrigado o Presidente a dissolver o Parlamento.
Ao longo da semana, usando as expressões faciais tão desgraçadamente conhecidas, não se cansou de repetir que já tinha tomado a sua decisão relativamente à coligação com o PSD. Hoje o Expresso garantia que haveria coligação, à noite talvez não, quase não, não?
O problema (o nosso problema) é que estes senhores já não estão entretidos em jogos políticos para animar jantares de amigos. Foi-lhes dado o Governo da nação para as mãos, aplicam-lhe as mesmas regras. Divertem-se.
Alguém estará (ainda) surpreendido?

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