2004-12-01

 

BARROSO: O PECADO ORIGINAL

Vale a pena recordar que estamos em crise política e num impasse há seis meses. Na verdade, desde que Durão decidiu sair, não houve mais estabilidade.
Aqueles que se agarram a argumentos formais explicando que a solução, dentro do PSD, teria de passar pelo vice-presidente do partido (Santana Lopes) esquecem como Barroso procurou impor Santana como se tal fosse a opção única. Aliás, a rapidez do processo levou Manuela Ferreira Leite a considerá-lo um autêntico golpe de Estado.
Continuo a ver em Durão o principal responsável deste descalabro político. A sua aceitação de um cargo, na sua opinião mais importante, pode ter sido legítimo em termos pessoais, mas coloca uma questão que no meu entender deverá ser alargada a todos os eleitos para cargos políticos: a exigência de um compromisso.
Quem se apresenta ante o eleitorado, individualmente ou numa lista colectiva, deve à partida assegurar o seu compromisso para o cargo a que se candidata.
Quebrar esse compromisso deverá ser punido moralmente. O exemplo de Barroso, necessitará ser lembrado, exactamente por aquilo que representou: a quebra de um compromisso e a imposição vergonhosa de uma “solução” que tinha a obrigação de saber inviável.

Comentários: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?