2004-12-24

 

CICLO POLÍTICO

Conhece-se a prática de qualquer governo em normalidade de funções: concentrar nos primeiros dois anos de governação as medidas mais impopulares, e as reformas (se as houver), para que nos dois últimos anos se possa suavizar a pressão apresentando-se propostas mais agradáveis.
A gestão do ciclo presente deste “governo” foi calculada, friamente, por um único personagem: Paulo Portas.
Há muito que adivinhava o desfecho deste “governo”. Correndo em pista própria geriu o seu calendário, criou o seu ciclo político e, de caminho, encarregou-se de ajudar o “Pedro” (seu querido amigo) a mostrar o que vale.
Enquanto Santana se envolve em rocambolescos episódios com ministros do PP; se apresenta nas TV’s em patéticas entrevistas e não menos inverosímeis “comunicações ao país”; se enreda em críticas ao Presidente em jantares partidários para logo a seguir (ostentando o perfil de chefe do “governo”), as desmentir; Portas gere ao milímetro o seu ciclo político.
Sucedem-se os anúncios de compras intermináveis de material bélico, as privatizações, visitas às tropas, fugas de informação. Tudo preparado, com extraordinária coincidência, para ser apresentado pouco antes das eleições.
O “Paulo” está em campanha silenciosa, mortífera, apresentando, com espalhafato, o que passa por ser “obra feita”. O “Pedro” queixa-se que não o deixaram “trabalhar”.

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