2005-02-25
PORTAS
Paulo Portas foi hábil no momento da derrota. Leu os resultados eleitorais como analista, percebeu que havia ali derrotas acumuladas. Demitiu-se (graças a Deus).
Fê-lo com uma violência inusitada como se estivesse furioso, como se tivesse sido vitima de uma injustiça, como se um grupo de malfeitores o tivesse maltratado.
É sintomático que ao sair, muitos se apressem dizer não querer entrar (se Deus quiser).
Iremos assistir ao seu regresso, numa patética “onda de entusiasmo”. Voltará revigorado, passando por cima do claro sinal que lhe foi dado pelos eleitores. Começará de novo pela enésima vez, repetindo os seus insuportáveis números, inventando um novo espaço para o PP, descobrindo-se (talvez) como defensor da moral e dos bons costumes (Valha-nos Deus).