2005-05-07

 

ZELO E GREVE

Conta a última edição do jornal Expresso que os “Juízes vão iniciar uma espécie de greve de zelo em protesto contra a redução das férias judiciais”. Parece-me bem. Aliás, bem vistas as coisas, talvez fosse esta a única lacuna no rol de extraordinárias ocorrências tão comuns neste nosso cantinho.
Num país que já assistiu à greve de um Governo, por que razão não haveriam os excelsos juízes experimentar essa vertigem, esse gosto, ainda que numa versão mais contida?
Move-os o combate à óbvia perseguição a uma classe tão desprotegida, materializada na redução das suas férias (já de si diminutas). Veja-se que mal representam 21% do ano, pois que os dois meses e meio valem isso mesmo: 21% do ano - uma miséria!
Pelo que conta o mesmo semanário, esta decisão dos senhores juízes encontrará eco no Ministério Público e nos senhores funcionários judiciais.
Evidentemente, compreendemos todos que estas decisões foram tomadas tendo como objectivo único uma mais rápida e célere Justiça. Evidentemente, compreendemos todos que a Justiça sairá muito dignificada neste processo. Evidentemente, compreendemos todos que não há aqui o mais ligeiro, o mais pequeno, o mais ténue exemplo de corporativismo.

Comentários:
caro amigo é com interese que leio o teu blog, em relação as ferias do juizes e tribunais, penso que eles tem razão, não é tirando um mes de ferias que se resolve os atrasos dos processos e audiencias etc.
Uma braço de amizade

 
Luís,
Acho que têm muita razão, porque, segundo já argumentaram, é durante o tempo que excede o mês de férias que aproveitam para estudar alguns processos mais complicados. Só não percebi por que razão é que, se esse tempo é ocupado a estudar processos, ou seja, a trabalhar, eles o querem ter como férias. Que coisa esquisita ;)
Abraço.
 
Evidentemente!
 
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