2005-10-11

 

RETRATOS DE NÓS

Com a devida vénia ao sitio Portugal no seu Melhor aqui se regista esta imagem, metáfora do que somos: hábeis no desenrasque, mestres dessa triste "arte" lusa.



Materializamos estes "esquemas" manhosos e pindéricos, tanto na "incorporação" de um incómodo e irritante poste de iluminação no nóvel edifício (que um vendedor mais "desenrascado" realçará numa espécie de bónus: a iluminação da varanda já está incluída no preço), como no anúncio afixado numa montra de uma qualquer localidade: "frango tipo leitão", ou ainda no inevitável "engano" nos trocos que "sem querer", "ai a minha cabeça", levava qualquer coisa como mais um euro e meio ao incauto consumidor.
Observámos, recentemente, a mesma pecha nos indiscritíveis atentados à sanidade mental espalhados pelo país na forma de cartazes eleitorais, anunciando, exibindo, a "capacidade produtiva e criativa" daqueles que empregarão, nas autarquias, as mesmas aptidões nos próximos quatro anos.
Tudo isto nos pode fazer sorrir, podemos até achar que nos distingue. Sucede apenas que a "distinção" não nos traz nada de bom.
Estes instantâneos, mostram que sofremos uma pincelada (ligeira) de verniz, mas, bem vistas as coisas, nada de muito substancial se alterou.
Entretanto, o mundo não parou.

Comentários:
estás a ser injusto

os gajos têm lá culpa de ter ali nascido um candeeiro já depois de terem feito o prédio
 
Se fosse do Taveira, seria uma obra de arte...
 
eu pagava para ouvir a explicação do dono na obra.
o processo mental que levou a esta decisão deve ser qualquer coisa de extraordinário.
 
Tens razão, Luís, o mundo não parou. O que parou foi o cérebro do empreiteiro, foi a competência do fiscal de obras. O que não parou foi o encher de bolsos para que alguém fechasse os olhinhos. Enfim, Portugal no melhor do seu pior. Abraço.

PS.
O teu Vitória é que parece estar em maus lençóis.
 
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