2005-11-13
ESQUECIMENTOS
Para o candidato Cavaco Silva, a campanha para as eleições presidenciais constitui uma óbvia maçada – etapa desnecessária que dispensaria.
Lá no recato em que se resguarda, entenderá que tudo está dito. Bastou-lhe a apresentação do seu programa de governo em forma de manifesto (de que, inexplicavelmente, se orgulha) e a promessa (ameaça?) de “estar muito atento à actividade do Governo” : eis o que considera ser fundamental para ser eleito Presidente da República Portuguesa.
A estratégia da sua candidatura está gizada: poucas ou nenhumas declarações, uma sempre oportuna vitimização - utilizando o patético aviso aos demais candidatos de que não responderá a ataques pessoais - e generalidades óbvias (partilhadas, certamente, por todos os candidatos) quando afirma desejar uma “campanha digna”.
É confrangedoramente pobre para quem pretende exercer o magistério presidencial, nestes tempos turbulentos, neste mundo que recusa maniqueísmos.
É pouco, muito pouco, repete-se. Contudo, não constitui novidade nem surpresa: Cavaco, apresenta-se como sempre foi, refugiando-se nos silêncios, nos enigmas, tabus e ausências. Evidentemente, não alterará o seu registo, manter-se-á agarrado a ideias que não permitem discussão, vincando teimosa e perigosamente a sua visão predefinida do mundo.
Cavaco não mudou, uma boa parte da população portuguesa é que parece estar esquecida!
Comentários:
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Bem ou mal, acho que uma boa parte da população protuguesa, eventualmente a maioria, gosta assim e quer assim.
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