2005-12-13

 

DEBATE (IV)

Manuel Alegre e Francisco Louçã discutiram cordatamente as suas opiniões.
Alegre esteve bem, assumindo uma postura serena, reforçando as ideias que tem vindo a apresentar na sua campanha.
Francisco Louçã manteve o seu discurso escorreito, trazendo uma “boutade” para abrilhantar a noite: demitir Jardim. Manuel Alegre deixou-se enredar demasiado na questão, escorregando na proposta de impossibilitar uma recandidatura do responsável demitido (que depois, humildemente, reconheceu ter sido um erro).
Houve ainda a hesitação de Louçã quanto à pátria, assumindo que o termo não lhe é grato, recordando a lembrança dos tempos do Estado Novo explicou que a pátria a sentiu em Londres, Barcelona e outras capitais aquando dos desfiles contra a guerra do Iraque.
Ora, o patriotismo, como Alegre tem vindo a defender, não é, não pode ser, um património da direita, o orgulho, o amor pelo país, constituem um elemento comum que deve ser preservado e reforçado. Louçã parece conviver mal com esta ideia.
No final ficou mal a Louçã aproveitar o minuto de encerramento, sabendo que não haveria réplica, para deixar uma nota corrida insinuando que a candidatura de Alegre tem como objectivo afrontar Soares. Se desejava discutir essa questão deveria tê-la convocado durante o debate, ao encerrar com esta provocação deixou uma desnecessária imagem deselegante de si próprio.

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