2005-12-12

 

UM "PAI NATAL" PENDURADO

Terá sido há dois ou três anos que a moda se iniciou - uma moda bizarra diga-se. Uns estranhos bonecos, desafiando os limites da fealdade e da piroseira, começaram a fazer parte da “decoração” natalícia no exterior de algumas habitações. Olhando com mais detalhe (um exercício que deverá ser efectuado com parcimónia para não provocar insónias) a bonecada parece assemelhar-se ao “pai natal” trepando parede acima.
Bastará passear por um qualquer bairro residencial do país para comprovarmos que rapidamente a moda degenerou em praga.
Ali estão aqueles hinos ao ridículo, dependurados numas cordas.
Parece que temos uma vertigem pelo mau gosto, pelo pechisbeque. Num impulso mimético, multiplicamos tudo o que é reles, já assim foi com o autocolante da “penélope” nos carros, as lojas dos trezentos (agora chinesas), o colete reflector “vestindo” o banquinho da frente do veículo, isto para não falar dos clássicos como o cãozinho em eternas aquiescências ou o barrete tricotado que escondia um oportuno rolo de papel macio.
Que podemos fazer, somos assim, talvez esteja no nosso código genético.

Comentários:
Só fez o que fez, porque pôde.
Aflitivo é saber que não é o único.

Não sendo optimista, sou apesar de tudo esperançosa e estou a seguir pelos jornais, com todo o interesse, ao que penso ser o início de uma cultura de responsabilização iniciada pelo Dr. Guilherme Oliveira Martins. Assim a Justiça faça o resto.
 
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