2006-01-26

 

VALSINHA DAS MEDALHAS

Inexplicavelmente, o senhor Presidente da República decidiu condecorar algumas individualidades, um conjunto de empresários e dois costureiros. Em duas semanas, uma significativa selecção de “notáveis” entrou e saiu do palácio de Belém, participando em cerimónias apressadas, em final de festa.
Com este gesto, o Presidente não fez mais do que desvalorizar as condecorações (já de si quase irrelevantes), dedicando-se a uma incompreensível valsinha das medalhas. Aliás, José Roquette encarregou-se de esvaziar de qualquer conteúdo a cerimónia, quando garantiu ter hesitado estar presente, simplesmente por ter feito parte da comissão de honra da candidatura de Cavaco Silva...
Entretanto, muito legitimamente, a distinta classe dos costureiros gritou indignada, na capa de um diário popular, pela desigualdade de tratamentos.
Depois de dez anos como Presidente e de outros tantos 10 de Junho, que estranho impulso terá movido Jorge Sampaio, que mensagem pretenderia fazer chegar com este ridículo afã medalhístico no exacto momento em que um novo Presidente foi eleito?

Comentários:
Quem é que lhe vai arranjar alguma coisa "digna" de um presidente para fazer, não será nenhum desses medalhados ? Sim porque o Sampaio, não é de ficar em casa a aturar a Maria Rita.
 
Subscrevo Totalmente.
 
Os nossos Presidentes democráticos têm degradado imenso a reputação das Condecorações. Gente que, na sua maioria, não tem méritos especiais, nem fez nada de excepcionalmente relevante para a sua Comunidade, para o seu País, mas apenas cumpriu o seu dever profissional, outros nem tanto fizeram, em cargos extraordinariamente bem remunerados, cumulados de privilégios, acaba, afinal, Condecorada em Belém, por quem jurava ardores democráticos e socialistas antes do 25 de Abril de 1974. Podem bem cotejar-se com a prática do venerando Sr. Almirante Américo Tomaz. Talvez não saiam favorecidos.
 
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